O Boi Caprichoso firmou uma parceria estratégica com o Sebrae Amazonas para impulsionar a inovação, o empreendedorismo e a responsabilidade ambiental no universo cultural do Festival de Parintins. O acordo, assinado no dia 24 de setembro pelo presidente do bumbá, Rossy Amoedo, e por representantes do Sebrae, marca uma nova etapa na construção de um modelo sustentável de economia criativa na Amazônia.

A iniciativa integra o projeto “Do Festival ao Futuro: Parintins Criativo”, que busca transformar o potencial artístico e cultural da ilha em um ecossistema econômico permanente, capaz de gerar renda e oportunidades para artistas, artesãos, figurinistas e demais profissionais ligados ao festival durante todo o ano.

Rossy Amoedo destacou o papel da Escola de Arte Irmão Miguel de Pascale como um dos pilares dessa transformação.

“Reabrimos nossa escolinha com um olhar empreendedor. Não apenas para formar quem faz fantasias, mas para preparar profissionais para o mercado de trabalho e fortalecer a economia criativa local”, afirmou o presidente.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Amazonas, Antônio Silva, a parceria reforça o compromisso das instituições com o desenvolvimento sustentável.

“Firmamos um contrato com foco na ampliação das ações já existentes, agora com uma responsabilidade ainda maior na área ambiental. Essa colaboração vai se fortalecer a cada nova etapa”, ressaltou.

A diretora do Sebrae Amazonas, Ananda Carvalho, destacou o potencial econômico do reaproveitamento de materiais das alegorias.

“Queremos transformar o que sobra das alegorias em novas coleções e produtos sustentáveis. Muitos artistas não se veem como empreendedores, e nosso papel é mostrar o valor e o impacto do trabalho deles”, explicou.

Oficinas criativas: tradição e inovação de mãos dadas

O primeiro fruto da parceria foi a realização da Oficina Criativa com o designer Sérgio Matos, no final de julho, na Escola de Arte do Caprichoso. O encontro reuniu artesãos, costureiras, escultores e desenhistas locais, promovendo a troca de saberes entre tradição e inovação.

Com a proposta de valorizar a cultura amazônica e reduzir o impacto ambiental do festival, o projeto pretende criar um ciclo sustentável — em que arte, economia e natureza caminhem juntas —, consolidando o Boi Caprichoso como referência nacional em sustentabilidade cultural.